Wallis & Futuna
Situadas a leste da Austrália, no oceano Pacífico, as Ilhas de Wallis e Futuna, assim como a Polinésia Francesa, são um território ultramarino francês, ou seja, possuem maior autonomia interna que as demais possessões francesas. Habitadas por povos polinésios, mantêm a divisão tradicional em três reinos: o de Wallis e os dois que dividem a ilha de Futuna (Sigave e Alo). Além do administrador-chefe, indicado pela França, o território é dirigido por um conselho de seis membros, que inclui os três reis. Há ainda uma Assembléia Territorial de 20 membros eleitos pela população.
Wallis & Futuna
História
As ilhas que formam Wallis e Futuna são ocupadas no século XII por imigrantes polinésios de Tonga e Samoa. Em 1616 navegadores alemães descobrem Futuna e somente em 1767 é que os europeus chegam a Wallis. Tornam-se território francês em 1842, como dependências da Nova Caledônia. Durante a II Guerra Mundial, Wallis é utilizada como base militar pelos Estados Unidos. Após plebiscitos realizados nas ilhas, em 1959, o arquipélago adquire a condição de território ultramarino em 1961, com estatuto próprio. Uma estação de comunicação por satélite é inaugurada em 1989, ano em que o governo francês anuncia a ajuda adicional para a pesca e para a agricultura das ilhas. No início da década de 90, a economia local também se beneficia com a expansão do setor de construção civil e de obras públicas e, ainda, com a fundação do Banco de Wallis e Futuna, em 1991. Nessa época, porém, estima-se que a escassez de emprego no arquipélago tenha levado mais da metade da população a migrar para a Nova Caledônia. A população remanescente, vive em grande parte de empregos governamentais e das rendas enviadas por seus parentes emigrados. Em 1998, quase toda a safra do território, principalmente banana, foi destruída por um ciclone.
Wallis & Futuna
No plebiscito de 1992, 76,5% dos eleitores aprovam a integração na União Européia. Nas eleições desse ano, o partido Tumu'a Lelei conquista a maioria na Assembléia Territorial, derrotando pela primeira vez, desde 1964, o partido dos conservadores União pela República (PRP). Em 1994, uma greve geral protesta contra a alta do custo de vida e contra o sistema de ensino, considerado inadequado. Eleições em 1997 dão nova vitória aos conservadores (RPR) e, apesar das denúncias de fraude, a maioria conservadora é confirmada após o pleito de 1998. Em março de 1999, 10 mil pessoas participam das festas comemorativas aos 40 anos de coroação do rei de Wallis, Lavelua Tomasi Kulimoetoke.
Em 1998 a Nova Caledônia assina o Acordo de Nouméa com o governo francês e, no acordo, são estabelecidas relações com as ilhas Wallis e Futuna. O acordo dá poder de controle da imigração ao governo da Nova Caledônia e, em troca, exige apoio financeiro ao desenvolvimento econômico e social de Wallis e Futuna. Desde o início de 2000 os governos também discutem acordos de livre comércio e direitos trabalhistas entre os dois territórios. Em janeiro de 2002 uma delegação das ilhas vai ao encontro do presidente francês Jacques Chirac para discutir o status dos cidadãos das ilhas Wallis e Futuna residentes na Nova Caledônia. Em novas eleições para a assembléia do território no início de 2002, o PRP confirma sua supremacia no primeiro pleito com cobertura da rede de rádio e televisão local.
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